Não sei como ocuparam a vossa tarde de sábado, eu ocupei a minha a assistir ao Campeonato Nacional de Língua Portuguesa e aproveitei para fazer um ditado. Para quem tiver curiosidade aqui fica o ditado. Já agora, para quem fez, deram muitos erros?
UM BELO RELVADO OU UM TERRENO MINADO?
O Engenheiro estava furibundo com a situação em que fora colocado. Fizera jus a um lugar cimeiro e agora, em escassas semanas, malbaratara sucessivos desafios. Pairava o espectro da derrota, sem apelo, e ele prezava o seu pundonor. Girovagou e depois despiu o fato-de-treino com que estivera a exercitar-se. Sentia-se incomodado perante adversários que lhe desarariam a carreira, se pudessem.
Vestiu-se à papo-seco e saiu, peremptório. No meio do chinfrim da assistência bajouja corria o zunzum de que as coisas iam empiorar. As consequências atingi-lo-iam e não havia contragolpe exequível, como costumava parturejar perante os jornalistas, mesmo com os estroinas. Sem parvuleza, sonhara escapar airosamente na governação de uma casa tão desavinda. Népia: o reinado estava por um triz e derruiria estrondeante. Que estucha! Valia a pena suportar tanta derisão na sua vida? Eram vicissitudes que não desejara.
Assentiu poder pedir a demissão. Estaria obsoleto e obstruente? Os seus acólitos, pegassem eles no timão, inventassem quem o sub-rogasse, resolvessem a vacância e fossem a escrutínio. Seria estultícia ter tentado a vitória? Nunca fora um mata-cães, agora assentaria. Nunca mais seria confrontado com boatos, nem com cartazes sobre a alegria do povo. Evitando os repórteres - petimetres de coturno que, em grupos conjurados, peroravam sobre o futuro -, sem chus nem bus, encafuou-se no carro e arrancou. Iria brindar ao novo estádio da sua existência. Tchim-tchim!
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Cor do cabelo: Talvez esta fosse a única coisa que não mudaria, porque adoro a cor do meu cabelo;
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